domingo, 21 de março de 2010

Paradoxos Consagrados

escorregaram-se entre os meus dedos os minutos, a tua presença brilhava nos meus olhos, o teu sorriso clareava qualquer duvida. prometi naquela noite, no silencio oculto da escuridão, que contaria uma historia:

"sempre que se faz uma historia, se fala de um menino, de um velho ou de si...mas minha historia é dificil, não vou falar de um homem comum...."

Seres humanos. Caixas de pandora. Tanto faz, tanto fez. Alma? Corpo? Corpo e alma? Mente, visão, tato, gosto, som, nada?
Paradoxo. Somos o paradoxo, somos o todo, somos o nada, navegamos entre ir e voltar, somos aquele espaço vazio, impossivel de preencher, somos e não somos.
Misterio constante...é a vida.
A vida que as vezes, como paradoxos, estranhamos. perdemos todas as ligações, o contato, a irmandade com as coisas, e quando a perdemos, o que sabemos?
Flutuando no ar, estão as partes do todo. Navegando na eternidade, estão as palavras, as verdades infinitas, as verdades verdadeiras.
As verdades visitam, dia a dia, os ouvidos, os corações, os paradoxos, frustradas morrem ou vitoriosas ecoam, se mantem. Duas verdades, membros de um mesmo eco, de uma mesma voz, procuram paradoxos diferentes, mais uma vez, vivem, ecoam para formar parte do paradoxo, do imenso misterio alimentado pela vida...se integram, de um lado o medo, a covardia, do outro, a coragem, a esperança.
Os paradoxos se encontram, na coragem a fuga, na covardia o confronto, uma dança de cores, alegria provindo da familiaridade, tão estranha, da realidade, tão irreal, da certeza, tão incerta. uma dança a mais parte do imenso misterio...e uma festa explode, na realidade palpavel, e os sonhos se juntam e se separam em movimentos sutis, no universo um colapso, os paradoxos só podem ser sonhadores mas poderiam ser alguma coisa mais real.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Não sei bem o que aliviaria a minha imensa dor.
Quem sabe que toda a pólvora do mundo virasse fogos de artifício...
Quem sabe uma imensa solidão ao me declarar cidadã única no fim do mundo...
Ou simplesmente uma mão amiga,
Algo que me lembre o calor de um abraço.
Talvez o seu sorriso sorrateiro
ou aquele sorriso sincero.

A minha dor vem da sua dor,
A dor é nossa, mas eu sou dona dela.
Das inúmeras danças na chuva...
Dos risos...
e até do meu próprio choro.

As vezes desejo não ser eu mesma...
e é que nunca estamos conformes,
nem com a distancia,
nem com a proximidade.